De
vez em quando, fico com o coração amarrado, com o Universo fechado, estagnado,
denso. Os mais altos ideais se perdem diante das angústias de uma verdadeira
paixão. Superar isso? Transcender isso?
Transcender pelo excesso ou pela abstinência?
Amar é perder-se.
Amar é fundir-se.
Amar é morrer um pouco.
Amar é deixar-se ser.
Quando amo, eu morro um
pouco dentro de mim.
Existem lugares dentro de
meu ser que são tão delicados - que doem
tanto. Há pessoas que me doem muito. Poderia guardar as memórias que delas
tenho em uma pequena e imaginária caixinha de joias – em uma daquelas com uma
bailarina em cima. Toda noite, eu
escutaria o som que faz a bailarina dançar e, então, eu saberia que aquilo tudo
que me é tão raro e precioso está bem protegido, está escondido no fundo de
minha mente.
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